O ataque aconteceu durante a Comunhão na Missa mensal das crianças da paróquia, durante a qual as crianças realizam tarefas que geralmente são realizadas por adultos. As crianças também ocupam as primeiras filas nesses eventos, que são abertos para a participação de todos.
Membros da congregação, incluindo a equipe de Resposta a Emergências Arquidiocesana, ajudaram a dominar o agressor. A equipe de Resposta a Emergências Arquidiocesana é composta por voluntários que atuam como primeiros socorristas em emergências.
A polícia e a Força de Defesa Civil de Singapura foram chamadas à igreja por volta das 18h30. O agressor, um cingalês de 37 anos, que havia sido desarmado por fiéis foi preso. Segundo a polícia, “ele tem antecedentes por ferimentos graves e abuso de drogas”. Ele havia declarado anteriormente à Autoridade de Imigração e Pontos de Verificação (ICA) que é cristão, de acordo com o Ministro de Assuntos Internos K. Shanmugam.
Com base nas investigações preliminares, acredita-se que o homem tenha agido sozinho e a polícia não suspeita que este seja um ato de terrorismo, ao menos por enquanto”, informa ainda a polícia local, exortando a população à calma e a “abster-se de especulações, pois as investigações estão em andamento para apurar a motivação por trás deste incidente.
As paróquias católicas em Singapura têm suas próprias equipes de resposta a emergências, com seus membros presentes nas Missas de fim de semana. Elas são treinadas pela Arquidiocese católica, que tem sua própria equipe que é mobilizada para grandes eventos, especialmente aqueles com a presença do arcebispo de Singapura, o cardeal William Goh.
Depois do ataque, o cardeal disse estar “chocado e profundamente triste que a violência tenha sido cometida contra um de nossos amados padres na casa de Deus enquanto ele celebrava a Missa.
Também estou muito preocupado com o impacto psicológico que este incidente pode ter tido em nossos filhos e em todos que testemunharam este ataque”, disse ele em suas contas de mídia social. “Peço aos fiéis que permaneçam calmos, não especulem sobre o incidente ou julguem sem conhecer todos os fatos. Devemos permitir que as autoridades investiguem o assunto.”
Governo condena ataque
Expressando choque e tristeza, o primeiro-ministro Lawrence Wong disse que esperava que os paroquianos conseguissem superar desse “evento traumático”.
“A violência não tem lugar em Singapura. Acima de tudo, devemos defender a segurança e a santidade de nossos locais de culto – lugares onde as pessoas buscam paz, consolo e comunidade”, escreveu o Sr. Wong em uma postagem no Facebook.
“Vamos ficar calmos e unidos, apoiando uns aos outros no espírito de harmonia e resiliência que nos define como cingapurianos.”
O Ministro da Cultura, Comunidade e Juventude Edwin Tong condenou o ataque. “Tal violência, de qualquer forma e por qualquer motivo, não tem lugar em Singapura, muito menos em um local de culto. As autoridades relevantes investigarão este incidente e o abordarão adequadamente.”
Mensagens de apoio de organizações religiosas
Várias organizações religiosas emitiram declarações após o ataque.
A AMP Singapore, uma organização sem fins lucrativos que atende à comunidade muçulmana, desejou ao Pe. Christopher uma rápida recuperação e disse que a violência de qualquer tipo é “inaceitável e não deve ser tolerada”.
Em uma carta endereçada ao cardeal Goh, o Conselho Religioso Islâmico de Singapura (MUIS) disse que está junto com os católicos e todas as comunidades religiosas em Singapura na proteção da santidade de todos os locais de culto. Não pode haver lugar para nenhuma forma de violência, especialmente em nome de qualquer religião e em espaços religiosos.
O Conselho Consultivo Sikh expressou um sentimento semelhante, observando que os locais de culto são espaços sagrados. Ele também pediu que as pessoas permanecessem calmas e não especulassem sobre o incidente.
O LoveSingapore, um movimento cristão, também condenou o ataque: “Estamos com nossos irmãos e irmãs na Igreja católica denunciando a violência em qualquer local de culto.
Chamando o ataque de “sem sentido”, “sem provocação” e “terrivelmente hediondo”, a Federação Budista de Singapura disse que se juntaria a pessoas de todas as religiões para rezar pela rápida recuperação do Padre Christopher.
A Organização Inter-Religiosa (IRO), que visa promover a harmonia entre as diferentes religiões, pediu ao público que demonstrasse apoio à comunidade católica. Estes são tempos para demonstrar compaixão inter-religiosa e coesão social, como sempre fizemos em Cingapura”, disse a IRO. “Vamos permanecer calmos e unidos em amor e solidariedade.”
Em um comunicado à imprensa no domingo, a instituição de caridade malaio-muçulmana Perdaus condenou o ataque e pediu paz nos locais de culto.
O Hindu Endowments Board e o Hindu Advisory Board disseram que estavam “profundamente tristes” com o incidente. “Atos de violência não têm lugar em nossa sociedade, especialmente em espaços sagrados destinados à paz e à reflexão”, disseram em uma declaração conjunta. “A comunidade hindu se mantém unida em solidariedade à comunidade católica e seus líderes durante este momento de tristeza.”
*Com informações de CNA
Vatican news