A organização da formação paroquial de catequistas, passando por três fases: acolhida e acompanhamento dos catequistas iniciantes: escola catequética paroquial e formação permanente na paróquia é de fundamental importância para todas as comunidades da Diocese. O desejo da Pastoral de Animação Bíblico-Catequética é consolidar essa organização com vistas no processo da instituição do Ministério de Catequista. Na busca por essa base sólida, a Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, de Tibagi, é um dos bons exemplos na formação de catequistas ao lado da Nossa Senhora Auxiliadora e Santa Rita de Cássia, ambas de Ponta Grossa.
“A meta agora é que todas as paróquias tenham uma formação estruturada, aos poucos, para que o catequista possa ir dando continuidade, a nível diocesano e a nível regional. As formações precisam acontecer pelo menos quatro vezes no ano. O catequista ser instituído ministro da Catequese vai depender dessa base paroquial estar bem articulada. A formação ainda precisa ser aprimorada em algumas paróquias para que o catequista tenha base sólida para dar os próximos passos que a Igreja do Brasil vai propondo como critérios e itinerários de formação para o Ministério de Catequista. É fundamental organizar a formação paroquial nesses três níveis. E esse é o nosso grande objetivo para o próximo ano”, comenta a Flávia Carla Nascimento, coordenadora diocesana da Pastoral de Animação Bíblico-Catequética, citando que o tema foi trabalhado na reunião de planejamento, no último dia 6. Participaram 130 pessoas, representantes de 45 das 47 paróquias da Diocese.
Em Tibagi, a formação leva o nome de ‘escolas catequéticas paroquiais’ e iniciaram no ano passado. Foram três etapas em 2021 e, esse ano, no próximo dia 12, se completará a sétima etapa. “Entre os assuntos trabalhados estão a espiritualidade do catequista, didática do Manual de Catequese, Liturgia, Quaresma, oração do Creio…Os Sacramentos foram trabalhados em forma de oficina. Convidamos padres, diáconos e religiosas da (Congregação das) Pequenas Irmãs da Sagrada Família para participar, nos ajudar, assim como catequistas que fizeram a escola diocesana. Tivemos uma adesão bem grande, com 80% dos catequistas da paróquia presentes”, afirma Janete Mainardes, coordenadora de Catequese da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios.
O intuito das escolas catequéticas paroquiais é fazer com que os catequistas possam crescer espiritualmente, tendo um aprendizado maior para que possam estar levando aos catequizandos, explica Janete, lembrando que não pode exigir sem dar formação. “Tem muito a ser visto e pensado quanto ao Ministério do Catequista. A caminhada é longa, mas as escolas são o primeiro passo. “Os catequizandos são nós, no futuro. Precisa formar para que os que estão hoje na Catequese possam realmente se encontrar com o Cristo, um encontro verdadeiro. (Eles) serão os nossos futuros catequistas, leitores, ministros, e atuantes em tantas funções que temos como leigos na Igreja”, ressalta. Em toda a paróquia são 95 catequistas. Em média, participam de 68 a 70 catequistas a cada etapa da escola catequética, informa.
O pároco da Nossa Senhora dos Remédios, padre Luiz Mirkoski, destaca que a escola catequética é um meio eficaz de formação permanente das e dos catequistas. “Na escola se partilha a vida catequética no relacionamento com catequizandos e seus familiares. Além do mais, a qualificação dos catequistas é de suma importância em nossos dias, tão cheios de ideias e ideologias. O, a catequista precisa ser um sábio, que tem resposta à altura dos desafios que as crianças, adolescentes e adultos vivem no tempo onde estamos”, defende o padre.
Na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, na Vila Marina, em Ponta Grossa, a formação é contínua, acontecendo há mais de dez anos. O ‘cultivo catequético’ tem a participação dos catequistas das oito comunidades. A formação ocorre em quatro noites, na última semana de janeiro, das 19h30 às 21h30, com três noites de formação e uma noite para Adoração. De acordo com a coordenadora paroquial da Catequese, Maria Inês de Oliveira, são trabalhados temas diversos, dentre eles: Campanha da Fraternidade, o ‘ser catequista’, Mariologia, Salesianidade, Sagrada Escritura, documentos da Igreja.
“O número de participantes é bem expressivo, em torno de 70 catequistas todas as noites, que corresponde a 90% do grupo de catequistas. São convidados para as formações padres, diáconos, religiosas, coordenadores diocesanos de pastorais. Temos a alegria de contar sempre com a presença e apoio dos nossos padres e do diácono Joanir de Oliveira, que assessora a Pastoral Catequética. O Cultivo Catequético é uma grande oportunidade de formação, partilha das experiências catequéticas, fortalecimento da espiritualidade e acolhimento dos novos catequistas”, detalha Maria Inês.