O nascimento virginal de Jesus é um dogma do cristianismo e do islamismo que sustenta que Maria concebeu Jesus milagrosamente, se mantendo virgem, ou seja, sem relação sexual. Seria mais correto falar em “conceição virginal”.
Esta doutrina foi universalmente adotada na Igreja cristã já no século II e aceite pela Igreja Anglicana, a Igreja do Leste, a Igreja Ortodoxa, Igrejas Protestantes e a Igreja Católica Romana. O dogma é incluído nos dois credos mais amplamente usados.
Um afirma que Jesus “foi a encarnação do Espírito Santo e da Virgem Maria” (o Credo de Niceia, que é sua forma familiar) e outro que Ele “nasceu da VirgemMaria” (Credo dos Apóstolos).
Estes dois credos não tinham sido seriamente postos em causa, exceto por alguns setores minoritários, até à teologia do Iluminismo, no século XVIII. O Evangelho de Mateus (Mateus 1) e o Evangelho de Lucas (Lucas 3) dizem que Maria era virgem e que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo.
Esses evangelhos, a tradição recente e a doutrina atual apresentam a concepção de Jesus como um milagre sem envolvimento de pai natural, sem intercurso sexual e sem fertilização genética, mas em vez disso trazida à cena pelo Espírito Santo.
Na Igreja Católica e na Igreja Ortodoxa, o termo “nascimento virginal” não significa apenas que Maria era virgem quando concebeu e deu à luz, mas também que ela teria permanecido virgem por toda a vida, uma crença atestada desde o século II d.C.. (Veja Virgindade perpétua de Maria).
A doutrina geral cristã do nascimento virginal de Jesus não deve ser confundido com a doutrina católica romana da Imaculada Conceição, que trata da conceição imaculada da própria Maria por Santa Ana.
A concepção de Maria teria ocorrido da forma tradicional, sem milagre, e o que a doutrina católica prega é que ela veio ao mundo sem a “mancha” (em latim: macula ) do pecado original. A virgindade de Maria na concepção de Jesus é também um dogma no islamismo. Os muçulmanos se referem a Jesus como “Jesus filho de Maria” (Isa bin Maryam), um termo repetidamente utilizado no Corão…