A Catedral Basílica ficou lotada na manhã deste domingo, 8 de setembro – Natividade de Nossa Senhora. Todos queriam testemunhar os primeiros a serem instituídos no Ministério de Catequista na Arquidiocese de São Salvador da Bahia: 184, no total. A Celebração Eucarística teve início às 8h, sob a presidência do Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil, cardeal Sergio da Rocha, e foi concelebrada pelo bispo auxiliar, dom Dorival Barreto; pelo cura da Catedral, padre José Abel Pinheiro; pelo assistente eclesiástico do Serviço Arquidiocesano de Animação Bíblico-catequética, padre José Carlos Ferreira; e por outros padres do clero da Sé Primacial do país [clique aqui e veja a transmissão da Missa].
“Queridos irmãos, aqui nos reunimos para celebrar esta Eucaristia com o rito de Instituição do Ministério de Catequista. É a primeira vez que nós temos essa graça de realizar esta instituição, uma vez que a decisão do Papa Francisco é recente. Já tivemos no regional Nordeste 3 a instituição de um catequista de cada diocese, e hoje temos a graça, a alegria de ter a instituição dos nossos catequistas que estão à serviço das nossas comunidades”, disse Dom Sergio no início da Missa.
Ao término da Liturgia da Palavra, o secretário do Serviço Arquidiocesano de Animação Bíblico-catequética, José Carlos Santos Silva, apresentou os que seriam instituídos, chamando-os por forania. José Carlos foi o primeiro da Arquidiocese de Salvador a ser instituído neste Ministério, junto com outros 25 catequistas das arquidioceses e dioceses do regional Nordeste 3 (Bahia e Sergipe), no último dia 26 de agosto.
Logo após a homilia, ajoelhados, os catequistas foram abençoados pelo Cardeal e, em seguida, receberam crucifixos, entregues por dom Dorival e pelo padre José Carlos. “O Ministério de Catequista é um serviço precioso prestado à Igreja por esses irmãos e irmãs que hoje foram instituídos, mas que necessitam muito da oração e do apoio da comunidade. Eu peço muito às nossas comunidades que valorizem o Ministério dos nossos catequistas e os acompanhem com a oração, com a presença amiga, com o apoio fraterno. A catequese não é algo que diz respeito só aos ministros instituídos: a comunidade paroquial e as famílias devem também se sentir responsáveis pela catequese”, disse Dom Sergio.
O Ministério de Catequista
Instituído pelo Papa Francisco em 2021, no Motu proprio “Antiquum ministerium”, o Ministério de Catequista foi destacado pelo pontífice como “uma necessidade urgente para a evangelização no mundo contemporâneo, a ser realizada sob forma secular, sem cair na clericalização”.
Para a Igreja, o catequista tem uma missão importante, sendo chamado a exprimir a sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé desde o primeiro anúncio até a preparação para os Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia e Crisma), incluindo a formação permanente. Mas tudo isso só é possível “através da oração, do estudo e da participação direta na vida da comunidade, para que a identidade do catequista se desenvolva com coerência e responsabilidade”, conforme disse o Papa Francisco ao instituir este Ministério.
Assim, o Ministério de Catequista, intensifica o compromisso missionário dos homens e das mulheres. “Os leigos são antes de tudo chamados a tornar a Igreja presente e atuante nos lugares e circunstâncias em que ela não pode se tornar sal da terra a não ser por meio deles”, conforme afirma a Constituição Dogmática Lumen Gentium.
É importante ressaltar que este Ministério não visa substituir os sacerdotes ou as pessoas consagradas, mas, como leigos, objetiva expressar da melhor maneira possível a vocação batismal com um maior compromisso missionário. “O ministério laical de catequista também tem um forte valor vocacional porque é um serviço estável prestado à Igreja local que requer o devido discernimento por parte do bispo. Ao mesmo tempo, os catequistas devem ser homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana”, destacou o Papa.
Fonte: Arquidiocese de São Salvador da Bahia