19.5 C
Ceilândia
IgrejaLiturgia

O que é a Santa Missa?

A Santa Missa é a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário, e constitui “a fonte e o ápice de toda a vida cristã” É o mesmo e único sacrifício infinito de Cristo na Cruz, que foi solenemente instituído na Última Ceia. Nesta cerimônia ímpar, Cristo é ao mesmo tempo vítima e sacerdote, se oferecendo a Deus para pagamento dos pecados, e aplicando a cada fiel seus méritos infinitos.

2. O que quer dizer “Renovação incruenta do Sacrifício do Calvário”?
A palavra incruenta significa “sem sangue”. Isto porque na Missa Cristo se imola novamente para nossa salvação, como Ele fez na Cruz, embora na Missa seja sem sofrimento físico.

3. Não é a Missa uma “ceia” ou “banquete”? Ou uma festa?
A Missa até pode ser considerada como uma “ceia” ou “banquete”, mas não uma ceia ou banquete qualquer. É ceia, mas é ceia sacrificial. É banquete, mas banquete sacrificial, no qual se redime o gênero humano. “O banquete e o sacrifício pertencem de tal modo ao mesmo mistério que um está ligado ao outro, no mais estreito vínculo”.

De todas as coisas que se possa dizer sobre a Missa, a mais importante e essencial é que ela é sacrifício. Desta compreensão sacrificial deriva toda a teologia que estudamos.

4. Mas o Sacrifício da Cruz não foi suciente uma só vez?
Diz o Concílio de Trento:
Ainda que bastasse Nosso Senhor se oferecer uma só vez ao seu Pai, unindo-se no altar da Cruz para realizar a redenção eterna, Ele quis deixar à sua Igreja um sacrifício visível, tal como requer a natureza dos homens, pelo qual se aplicasse, de geração em geração, para a remissão dos pecados, a virtude deste sangrento sacrifício, que devia cumprir-se somente uma vez na Cruz;

Na última ceia, na mesma noite em que foi entregue, declarando-se sacerdote eterno, conforme a ordem de Melquisedeque, Ele ofereceu, a Deus Pai, seu corpo e seu sangue, sob as espécies de pão e de vinho, os deu aos seus apóstolos, a quem os tornou, então, sacerdotes do Novo Testamento, com estas palavras: Fazei isto em memória de mim, investindo-os, assim, e aos seus sucessores, no sacerdócio, para que oferecessem a mesma hóstia” (Sessão XXII, I).

5. Por que a Santa Missa é um Sacrifício?
Todo o sacrifício é um dom oferecido a Deus, a fim de reconhecer a Sua soberania e prestar a Ele um ato de adoração e submissão. Quando Cristo morre no Calvário, a Sua morte realizou um verdadeiro Sacrifício, puro e perfeito, no qual Jesus prestou ao Pai um ato de adoração, louvor e entrega total, a fim de que essa Oferta santíssima servisse para o perdão dos nossos pecados, e assim recuperássemos a vida da graça e a felicidade eterna.

A morte de Jesus na cruz é única e suficiente, pois o Seu Sacrifício possui mérito infinito, capaz de salvar toda a humanidade. Entretanto, é necessário não só que Cristo morra pelos pecadores, mas também que os frutos da Sua Paixão sejam aplicados nas almas, para que a salvação se realize em todos os homens. Por esta razão, a morte de Cristo se torna o Sacrifício da Nova e Eterna Aliança, porque participando dela que os homens usufruem da Redenção.

O Santo Sacrifício da Missa
Se o Sacrifício do Calvário possui mérito infinito, bastaria que Jesus morresse uma única vez para salvar todos os homens. No entanto, ainda resta a necessidade de se aplicar pessoalmente os frutos da Sua Paixão, e para isso Cristo institui a Santa Missa, que é a atualização mística e incruenta do Seu Sacrifício.

Na Santa Missa, Jesus torna presente no tempo e no espaço o mesmo Sacrifício do Calvário, sem que Ele venha a morrer novamente. É o mesmo e único Sacrifício, tornado presente e atual a cada Missa celebrada.

Dizemos que a Santa Missa é a renovação do Sacrifício do Calvário porque idêntica é a Oferta e o Oferente, isto é, é o mesmo Jesus que se oferece e é oferecido, tanto na Cruz quanto na Missa. Na Missa, a Consagração põe separadamente o Corpo e o Sangue de Senhor tal qual ocorrera no instante da morte de Jesus, renovando no altar o Sacrifício da Cruz, de forma indolor e invisível, através do Sacramento da Eucaristia.

A Missa também é idêntica ao Calvário porque é Jesus mesmo que Se oferece, mas usando do sacerdote celebrante, através da sua voz e de seus atos. Quando o sacerdote reza a Missa, é o próprio Jesus a agir através do Padre, para que o Seu divino Sacrifício torne-se presente misticamente no altar, e assim todos aqueles que dele participam possam se unir ao próprio Jesus em imolação à glória da Trindade Santíssima.

Postagens relacionadas

Ação Pastoral

Lua

São João Clímaco

Sinodo 2023: Fase Diocesana prolongada ate agosto de 2022

Lua

Deixe um comentário

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Leia mais

Politica de privacidade & Cookies
×