Onomástico: os santos vivem nos nossos nomes. “Alegrem-se, porque seus nomes estão escritos nos céus”. (Lucas 10,20) Essa maravilhosa e profunda frase evangélica nos recorda que a palavra onomástico indica o dia no qual se festeja, no mundo católico, a memória do santo ou da santa da qual a pessoa traz o nome.
A reverência, a devoção e a oração remetidas aos santos são uma parte principal da religiosidade popular de um país, porque a solidão e a fraqueza, duas realidades presentes e concretas da existência humana, impulsionam o homem, desde sempre, à vontade de invocar, como diz o Cerimonial, aqueles “que nos precederam no sinal da fé e dormem o sono da paz”, para deles obter os benefícios morais e físicos.
Santos que curam
Festa católica que goza de grande veneração, frequentemente a cada ano, desde a Idade Média, como no calendário litúrgico; depois daquele dedicado a Jesus e a Maria, intercalam-se aquelas dos santos de alcance universal e aqueles santos cujo culto é reservado às igrejas locais, como os santos patronos de cidades e nações.
Os santos vivem nos nossos nomes e, portanto, encontram-se na parte mais íntima de nós mesmos. Voltar-se a eles com humildade e veneração é uma ocasião para se fazer amigos preciosos, companheiros de viagem, dia após dia, durante o ano inteiro.
Ainda hoje, muitos cristãos, abatidos pela doença, sentem uma extrema necessidade de recorrer, além das indispensáveis curas médicas, também à ajuda dos “santos que curam”. Em efeito, todos as testemunhas da santidade cristã, a qualquer coletividade pertençam, evidentemente tiveram ou continuam a ter, por muitas razões, uma ligação mais ou menos estreita e vital com o coração da catolicidade.
A presença e a experiência desses protagonistas da fé e da espiritualidade, por meio do itinerário deixado na tradição cultural e religiosa de uma comunidade e dos lugares e as memórias nas quais maiormente se identificam, destacam a rica trama do seu envolvimento com a história, a arte, a religião tradicional, popular, e com a mesma vida cotidiana das pessoas.
Não estamos sozinhos
A importância da celebração da festa do santo é esta: eles nos exortam a ter coragem. Dizem-nos que não estamos sozinhos. Eles, em cada dia do ano, vivem não tanto na memória, mas na realidade diária; podem e querem ser nossos amigos por excelência. Por isso, abrir-se a eles e invocá-los nos unirá a eles para vivificar e revigorar o mundo que nos circunda.