Todos os Santos é uma a festa celebrada na igreja Católica no dia primeiro de novembro. Como o próprio nome diz, trata-se de uma festa em honra a todos os Santos e Santas, todos os mártires, de todos os tempos, sejam eles conhecidos ou não.
A Igreja tem consciência de que o número de santos no céu é muito maior do que aqueles que foram canonizados e que estão nos altares das Igrejas. A grande maioria é desconhecida, mas são santos e estão no céu. Por isso, nada mais justo do que uma festa para celebrá-los.
História de Todos os Santos
Documentos históricos atestam que já final do Século II os cristãos celebravam e rezavam por todos os santos e santas falecidos. Eles rezavam também por todos os mártires que testemunharam o nome de Jesus e morreram por causa de sua fé. Nesse tempo, os imperadores romanos deixaram sua marca de intolerância e perseguição levando à morte milhares de cristãos. Mas isso não aconteceu só em Roma.
Muitos cristãos foram martirizados em todos os cantos da terra e em todos os tempos, inclusive nos tempos atuais, confirmando aquilo que disse Jesus a seus discípulos: O servo não é maior que seu senhor. Se perseguiram a mim, perseguirão também a vocês.
Mas, tende coragem, eu venci o mundo! (João 15, 20) Por isso, é impossível destinar um dia para celebrar cada mártir ou cada santo. Esta é a razão pela qual a igreja resolveu homenageá-los numa data especial.
Devoção a Todos os Santos
A festa de Todos os Santos começou a ser celebrada oficialmente no ano de 610. E aconteceu numa data muito especial: foi quando o Papa Bonifácio VI fez a dedicação do panteão, que era templo pagão romano, a Nossa Senhora e a todos os Santos e Santas da Igreja.
Na época, a festa começou a ser celebrada no dia 13 de maio. Mais tarde, o Papa Gregório III mudou o dia da celebração para 1º de novembro, véspera do Dia de todos os fiéis falecidos, celebrado no dia 2 de novembro. Na ocasião, o Papa Gregório III consagrou uma igreja em Roma. Esta passou a ser a igreja de todos os Santos.
Catequese da igreja
O desejo maior da igreja ao instituir a festa e a devoção a Todos os Santos é chamar a todos os fiéis para o seguimento de Cristo Jesus, buscando inspiração no exemplo de Todos os Santos e Santas de todos os tempos, sejam eles conhecidos ou não.
Esta comemoração leva todos os fiéis a se lembrarem de que são chamados à santidade, mesmo que, e principalmente, levem uma vida oculta e desconhecida. O que importa é viver a santidade, pois assim, o mundo será melhor.
Comunhão de Todos os Santos
A festa de Todos os Santos nos trás também uma outra convicção não menos importante: o fato de que vivemos a Comunhão dos Santos. Isto que dizer que os fiéis que ainda estão neste mundo, recebem a intercessão de Todos os Santos que estão no céu.
Tanto nós, que estamos na terra, quanto aqueles que já estão no céu, fazemos parte de um só corpo: o Corpo Místico de Cristo. Todos os Santos, que já estão na glória de Deus, querem que nós também alcancemos a vitória e o bem supremo, que é a vida eterna na presença maravilhosa de Deus.
Oração a Todos os Santos
Ó, Deus, Onipotente e Eterno, que pela força do teu Espírito Santo santificastes a vida de tantos fiéis que vos serviram ao longo de todos os tempos e em todos os lugares, testemunhando a vossa grandeza, amor e bondade, fazei que, pela poderosa intercessão de Todos os Santos, que vós bem conheceis, cheguemos nós também à graça da vida eterna junto de vós, na companhia de Vosso Santíssimo Filho Jesus Cristo, Nossa Senhora e Todos os Santos e Santas. Todos os Santos de Deus, rogai por nós. Amém.
Auguns Santos no dia de Hoje:
Martirológio Romano
Solenidade de Todos os Santos que estão com Cristo na glória. Na mesma celebração festiva, a santa Igreja ainda peregrina sobre a terra venera a memória daqueles cuja companhia alegra os Céus, para que se estimule com o seu exemplo, se conforte com a sua protecção e com eles receba a coroa do triunfo na visão eterna da divina majestade.
2. Em Terracina, no litoral do Lácio, na actual Itália, São Cesário, mártir. († data inc.)
3. Em Dijon, na Gália Lionense, actualmente na França, São Benigno, que é venerado como presbítero e mártir. († data inc.)
4. Em Arvena, na Aquitânia, hoje Clermont-Ferrand, na França, Santo Austremónio, bispo, que, segundo a tradição, pregou nesta cidade a palavra da salvação. († s. III)
5. Em Paris, na Gália Lionense, na hodierna França, São Marcelo, bispo. († s. IV f.)
6*. No território de Bourges, na Aquitânia, também na hodierna França, São Rómulo, presbítero e abade. († s. V)
7. Em Tívoli, no Lácio, na actual Itália, São Severino, monge. († c. s. VI)
8. Em Milão, na Lombardia, também na Itália, São Magno, bispo. († s. VI)
9. Em Bayeux, na Gália Lionense, hoje na França, São Vigor, bispo, que foi discípulo de São Vedasto. († a. 538)
10. Em Angers, na Nêustria, também na hodierna França, São Licínio, bispo, a quem o papa São Gregório Magno encomendou alguns monges destinados para a Inglaterra. († c. 606)
11. Em Larchant, cidade do Gatinais da Aquitânia, também na França, São Maturino, presbítero. († c. s. VII)
12. No território de Thérouanne, na Flandres, igualmente na hodierna França, Santo Audemaro, que, sendo discípulo de Santo Eustásio, abade de Luxeuil, foi eleito bispo dos Morinos e renovou nesta região a fé cristã. († c. 670)
13*. Em Sansepolcro, na Úmbria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Rainério de Arezzo, religioso da Ordem dos Menores, admirável pela sua humildade, pobreza e paciência. († 1304)
14*. Em Lisboa, cidade de Portugal, São Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira), religioso da Ordem dos Carmelitas, cuja memória se celebra em Portugal no dia 6 de Novembro. († 1431)
15*. Em Shimabara, no Japão, os beatos Pedro Paulo Navarro, presbítero, Dionísio Fujishima e Pedro Onizuka Sandayu, religiosos da Companhia de Jesus, e Clemente Kyuemon, mártires, que foram lançados na fogueira em ódio à fé cristã. († 1622)
16. Em Hai Duong, cidade do Tonquim, hoje Vietnam, os santos mártires Jerónimo Hermosilla e Valentim Bérrio Ochoa, bispos, e Pedro Almató Ribeira, presbítero, da Ordem dos Pregadores, que foram decapitados por ordem do imperador Tu Duc. († 1861)
17*. Em Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Ruperto Mayer, presbítero da Companhia de Jesus, zelosíssimo guia dos fiéis, grande protector dos pobres e dos operários e eminente pregador da palavra de Deus, que, perseguido pelo nefando regime nazi, foi deportado para um campo de concentração e depois internado num mosteiro, privado de toda a comunicação com os fiéis. († 1945)
18*. Em Mukacevo, cidade da Ucrânia, o Beato Teodoro Jorge Romzsa, bispo e mártir, que, em tempo de perseguição contra a fé cristã, pela sua indefectível fidelidade à Igreja mereceu alcançar a palma gloriosa. († 1947)
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