No dia 29 de setembro, a Igreja Católica celebra a festa de três santos arcanjos, cujos nomes nos foram revelados nas Sagradas Escrituras: Miguel, Gabriel e Rafael. Sabemos que, além desses arcanjos, há miríades e miríades de outros seres angélicos, que são divididos em três hierarquias.
Os seres angélicos da primeira e mais elevada hierarquia, que estão continuamente em adoração, na presença de Deus, são os serafins, os querubins e os tronos. Os da segunda hierarquia são as dominações, as virtudes e potestades, que governam o mundo material e espiritual.
Por fim, os da terceira hierarquia são os principados, os arcanjos e anjos, que executam as ordens de seus superiores da segunda hierarquia.
Os arcanjos servem a Deus, mas também aos homens. Eles anunciam importantes missões aos homens, como fez o Arcanjo São Gabriel a Virgem Maria (cf. Lc 1, 26-38), e guardam especialmente as pessoas que desempenham importantes funções para a glória de Deus, como o Papa, os bispos, sacerdotes e líderes leigos.
O que é um anjo?
As Sagradas Escrituras e a Tradição da Igreja deixam-nos entrever dois aspectos a respeito dos anjos. Por um lado, o anjo é uma criatura de Deus, que está sempre diante d’Ele, orientada, com todo o seu ser, para o Senhor.
Os três nomes dos arcanjos que celebramos, na Liturgia, terminam com a palavra hebraica “El”, que significa “Deus”. Ele está inscrito não somente nos seus nomes, mas também e, principalmente, em sua própria natureza. A sua verdadeira natureza é a existência em vista d’Ele e para Ele.
O segundo aspecto que caracteriza os anjos está precisamente ligado ao primeiro: eles são mensageiros de Deus e O trazem aos homens, abrem o Céu, e, assim, abrem a Terra. Justamente, porque estão na presença do Senhor, eles podem também estar muito próximos de nós.
Como dizia Santo Agostinho, Deus é mais íntimo a cada um de nós do que nós mesmos. Nesse sentido, os anjos falam a nós do que constitui o nosso verdadeiro ser, do que, em nossa vida, com muita frequência, está escondido em nosso mundo interior.