Com nossa missão schoenstattiana de ajudar a criar uma nova ordem social cristã, temos a missão apostólica em nosso DNA. Deus nos dá a graça e a missão de participarmos da missão que Jesus deu aos Apóstolos: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16,15).
Mas, há alguém em nossa história de vida, a quem devemos nossa primeira evangelização: nossos catequistas. Sem eles, não poderíamos ter crescido no conhecimento. O Papa Francisco escreve que a história da Igreja, nos mais de dois mil anos, mostra de modo muito evidente a importância da missão dos catequistas. Por isso, em maio deste ano, com seu Motu proprio “Antiquum ministerium“, ele institui a missão de ser catequista como um ministério na Igreja.
É um dom, ou seja, um presente de Deus, pelo qual a pessoa tem o direito de servir a sua comunidade em representação oficial dos bispos e sacerdotes, os primeiros responsáveis pela evangelização. “Schoenstatt fez com que o meu amor filial à Mãe e Rainha crescesse muitíssimo e esse amor à Mãe me leva ao amor incondicional a Jesus. Tenho necessidade de transferir esse amor à todas as crianças e ajudar para que elas experimentem também esse amor a Jesus e sua Mãe.”
Essa fala de Glauciani Vieira Melatto, catequista no Santuário, em Araraquara/SP, está de acordo com o que o Papa Francisco escreve no número 8 da carta citada: “O Catequista é simultaneamente testemunha da fé, mestre e mistagogo (instrutor), acompanhante e pedagogo que instrui em nome da Igreja. Uma identidade que só mediante a oração, o estudo e a participação direta na vida da comunidade é que se pode desenvolver com coerência e responsabilidade.”
O Papa escreve também sobre a importância de ser um catequista “que tenham uma participação ativa na vida da comunidade cristã, que sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna.”(8) Silvia Regina de Freitas Araujo, catequista há 14 anos, diz que “por meio dos ensinamentos de Schoenstatt, podemos transmitir para as crianças o quanto é maravilhoso podermos chamar a Deus de Pai e a Maria de Mãe.” E Juliana Pereira Zanon Reis, catequista no mesmo Santuário, diz que sua atuação nesse ministério é uma retribuição pela acolhida que ela também recebeu no Santuário: “Fiquei muito feliz em ser recebida com tanto carinho. Escolhi em continuar na catequese do Santuário por ser um local onde é bom estar, no qual também estou aprendendo muito.”
O Papa chama a atenção para que os leigos catequistas estejam conscientes de sua dignidade como leigos “sem cair em qualquer tentativa de clericalização.” Pois, ser missionário é “típico de cada um dos batizados.” Cristiane Ap. Colombo Rodrigues, Araraquara, é catequista há 22 anos e já perdeu a conta de quantas pessoas ajudou a encontrar-se pessoalmente com Jesus, podemos imaginar também quantas horas, dias e meses de sua vida foram “gastos” em preparação de aulas. Mas, ela vê tudo isso com muita alegria: “Ser Catequista é um privilégio, um presente de Deus para mim”.
Ana Lúcia Chagas Azanha chama a atenção para isso, pois é preciso “conhecer a doutrina da Igreja para poder viver o Evangelho e transmitir as verdades do evangelho não só com o conhecimento, mas também com o exemplo, com a prática da autoeducação.”
Nesse dia, rezemos por todos os leigos catequistas. “Faz parte da essência do cristianismo a consciência missionária e evangelizadora. No momento em que a consciência de missão está muito debilitada, sobretudo em países que no passado foram os baluartes da evangelização, Schoenstatt se sente chamado a avivar e dinamizar a consciência de missão e o compromisso evangelizador.”