Filipe encontrou-se com Natanael e disse-lhe: "Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei e nos Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José". Natanael exclamou: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" Filipe respondeu: "Venha ver". No entanto, Jesus viu Natanael vir ter com ele e disse sobre ele: "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo". Disse-lhe Natanael: "De onde vós me conheceis?" Jesus respondeu: "Antes que Filipe o chamasse, eu lhe vi debaixo da figueira". Natanael respondeu-lhe: "Rabi, vós sois o Filho de Deus; vós sois o Rei de Israel!" (Jo 1, 45-49)
Nos Evangelhos Sinópticos, era chamado Bartolomeu, mas, naquele de João, era Natanael, em hebraico. Todavia, os estudiosos dizem que se trata da mesma pessoa: um "dom de Deus", segundo a etimologia do seu nome, como são todos os Santos para a Igreja.
A chamada no Evangelho de João
Tudo o que sabemos, com certeza, sobre a vida de Bartolomeu vem dos textos evangélicos, especialmente do Evangelho de São João, que narra a sua vocação de modo detalho.
Bartolomeu era um pescador de Caná, mas conhecia bem Nazaré, situada a apenas 8 km de distância, mas não confiava naqueles montanheses. Por isso, era um pouco cético quando seu amigo Filipe lhe falou sobre Jesus. Mas, ele lhe respondeu simplesmente: "venha e veja" . Assim, Bartolomeu foi e, logo que Jesus o viu, lhe demonstrou ter uma confiança sem precedentes: finalmente um israelita sincero. Ele o recebeu, mas apenas conseguiu responder, perguntando como Jesus o conhecia. De fato, ele era um homem concreto, apegado à tradição e que meditava a Bíblia, diariamente, conforme a Lei exigia. Contudo, depois de toda aquela desconfiança, a adesão de Bartolomeu a Jesus foi total: "Vós sois o Rei de Israel!", exclamou! Devido à sua origem, presume-se que Bartolomeu podia estar presente nas Bodas de Caná, palco do primeiro milagre de Jesus, mas não há provas nos textos.
Apóstolo na Índia, mártir na Armênia
Após a morte de Jesus, sabemos quais Apóstolos estavam reunidos em oração no Cenáculo, porque os Atos mostram uma lista precisa de nomes. Entre eles também estava Bartolomeu.
O que este apóstolo fez depois, não se sabe historicamente, mas, aparentemente, parece que foi pregar a Palavra em várias regiões do Oriente, da Mesopotâmia à Índia, realizando milagres e curas milagrosas, até chegar à Armênia. Ali, além de converter as populações de 12 cidades, conseguiu até evangelizar o rei Polimio e sua esposa, causando ira entre os sacerdotes das divindades locais.
Enfim, Astiage, irmão do rei, convencido pelos próprios sacerdotes, mandou condená-lo à morte. Seu martírio ocorreu em Albanópolis, por volta do ano 68.
Ao longo dos séculos, depois de milhares de peripécias, suas relíquias, chegaram a Roma, graças à mediação do imperador Otão III, onde descansam na Basílica a ele dedicada na Ilha Tiberina.
São Bartolomeu, Apóstolo, rogai por nós!
Oração - Derrame em mim suas graças para que eu possa servir e ver a Cristo nos outros e trabalhar para a Vossa maior gloria.
Com Santo Audeno, Bispo de Rouen, deixou o cargo de conselheiro do Rei Dagoberto para ser elevado ao Episcopado e governou com sucesso a sua Igreja durante quarenta e três anos. Martirológio - Secretariado Nacional de Liturgia - PT 24
2. Em Claudiópolis, cidade da Honoríade, hoje Bolu, na Turquia, São Tacião, mártir.(† data inc.)
3. Em Clichy, no território de Paris, na atual França, o passamento de Santo Audeno, bispo de Rouen, que, deixando o cargo de conselheiro do rei Dagoberto, foi elevado ao episcopado e governou com sucesso a sua Igreja durante quarenta e três anos, durante os quais fundou muitas igrejas e promoveu a construção de vários mosteiros.(† 684)
4. No monte Olimpo, na Bitínia, hoje na Turquia, São Jorge Limniota, monge, que censurou a impiedade do imperador Leão III por ter destruído as sagradas imagens e lançado ao fogo as relíquias dos Santos; por isso foi-lhe cortado o nariz e queimada a cabeça por ordem imperial, e assim com a glória do martírio foi ao encontro do Senhor.(† c. 730)
5. Em Lima, no Peru, o dia natal de Santa Rosa, cuja memória se celebra no dia anterior.(† 1617)
6. Em Angers, na França, o Beato André Fardeau, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, em ódio ao sacerdócio foi degolado.(† 1794)
7. Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, Santa Joana Antida Thouret, virgem, que prosseguiu a vida religiosa, interrompida durante a Revolução Francesa, juntamente com algumas companheiras, que em Besançon agregou a si na nova Sociedade das Irmãs da Caridade, destinada à formação cristã e civil da juventude, à assistência de caridade para as crianças desamparadas e ao cuidado dos pobres e dos enfermos; expirou afetada por grandes tribulações.(† 1826)
8. Em Marselha, na França, Santa Emília de Vialar, virgem, que, na intenção de fortalecer a difusão do Evangelho em regiões longínquas, fundou e propagou a Congregação das Irmãs de São José da Aparição.(† 1856)
9. Em Valência, na Espanha, Santa Maria Micaela do Santíssimo Sacramento (Micaela Desmaisières), virgem, fundadora da Congregação das Escravas do Santíssimo Sacramento e da Caridade, que, movida pela sua incansável tenacidade e desejo ardente de salvar almas para Deus, dedicou a sua vida à recuperação das jovens moralmente extraviadas e das meretrizes.(† 1865)
10. Em Tulcan, no Equador, a Beata Maria da Encarnação (Maria Vicenta Rosal), que fundou a Ordem Bethlemita, destinada especialmente a promover a dignidade da mulher e formar cristãmente as jovens.(† 1886)
11. Em Toledo, na Espanha, o Beato José Polo Benito, presbítero da diocese de Salamanca e mártir, que foi assassinado em ódio à Igreja.(† 1936)
12. Em Peñas de San Pedro, perto de Albacete, também na Espanha, o Beato Rigoberto Aquilino de Anta y de Bárrio, presbítero da diocese de Múrcia e mártir, que deu a vida por Cristo na mesma perseguição.(† 1936)
13. Em Madrid, também na Espanha, o Beato Félix González Tejedor, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir, que, durante a mesma perseguição, morreu por causa do seu corajoso testemunho da fé.(† 1936)
14. Em Málaga, também na Espanha, o Beato Manuel Fernández Ferro, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir, que na mesma perseguição derramou o seu sangue por Cristo.(† 1936)
15. Em Gijón, também na Espanha, o Beato João Pérez Rodríguez, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e mártir, que na mesma perseguição morreu professando a sua fé em Cristo.(† 1936)
16. No campo de concentração de Dachau, próximo de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Maximiano Binkiewicz, presbítero e mártir, que, durante a guerra, deportado pelos soldados invasores da Polônia, sua pátria, por causa da sua fé em Cristo, faleceu vítima dos tormentos e suplícios suportados no desumano cativeiro.(† 1942)
17. Em Dresda, na Alemanha, os beatos Ceslau Jozwiak, Eduardo Kazmierski, Francisco Kesy, Eduardo Klinik e Iarognievo Wojciechowski, mártires, naturais da Polônia, que, na mesma perseguição, foram encarcerados e, trespassados por golpes de baionetas, consumaram o martírio.(† 1942)
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