Afonso Rodrigues nasceu na cidade de Segóvia, Espanha, no dia 25 de julho de 1532. Sua família era pobre mas, também, profundamente cristã. Seu pai era um simples comerciante de tecidos e sua mãe, dona de casa, mãe de onze filhos. Afonso teve uma infância feliz, apesar da pobreza, pois sua família era unida e cheia de fé.
Reviravoltas
A primeira grande reviravolta na vida de Afonso, foi a morte de seu pai. Aconteceu quando ele tinha apenas dezesseis anos. O pai faleceu de repente. Por causa disso, sua mãe se viu em dificuldades para sustentar os onze filhos. Afonso, então, para ajudar a manter a casa, decidiu parar de estudar e começou a vender tecidos, aproveitando a carteira de clientes de seu falecido pai.
Casamento, viuvez e perdas
Sete anos depois, em 1555, quando a situação tinha se normalizado, sua mãe o aconselhou a se casar. Afonso acolheu o conselho e se casou. O casal teve dois filhos. Porém, mais uma vez, acontecimentos inesperados vieram bater à sua porta. Primeiramente, sua esposa ficou doente e veio a falecer. Depois, seus dois filhos, adoeceram e morreram. Profundamente abatido por tamanhas perdas, Afonso perdeu o controle dos negócios, perdeu o pouco que possuía e ficou sem crédito.
Depressão
Sem rumo, Afonso tentou voltar as estudar, mas não conseguiu sair-se bem nas provas. Por isso, não foi aprovado para a Faculdade de Valência. Com mais esta perda na vida, Afonso mergulhou numa profunda depressão. Por isso, retirou-se na própria casa. Ali, fechou-se, rezou muito, meditou e jejuou. O tempo foi passando e um novo caminho começou a clarear em seu coração. Ele decidiu dedicar toda a sua vida ao serviço de Deus e dos irmãos.
Irmão leigo jesuíta
Munido de uma firme decisão, Afonso pediu ingresso na Companhia de Jesus como irmão leigo. Era o ano 1571. Afonso foi aceito e começou um noviciado que transformaria toda a sua vida. Como noviço, foi designado para viver e trabalhar no colégio dos jesuítas em Palma, na ilha de Maiorca. Este colégio dedicava-se à formação dos padres. Ali, Afonso encontrou sua realização total de vida. Viveu lá por mais de quarenta anos e entregou sua alma a Deus.
Porteiro
No colégio, Afonso Rodrigues exerceu unicamente a função humilde e simples de porteiro. E isso durou quarenta e seis anos! Porém, se sua função não lhe trazia quase nenhum destaque, espiritualmente ele era dos mais elevados entre todos os confrades. Em sua vida terrena, recebeu vários dons extraordinários. Teve também várias manifestações como visões, profecias, milagres e o dom da cura.
Orientador espiritual
Santo Afonso Rodrigues, mesmo sendo porteiro, foi procurado para ser orientador espiritual de vários religiosos e leigos. Estes, o procuravam por causa de sua sabedoria e dom do conselho. Entre estes, dois se destacavam. Primeiro, o Padre Pedro Claver, que, mais tarde, foi canonizado. Era missionário na colômbia e ficou conhecido como o grande evangelizador dos povos negros escravizados na Colômbia. O outro, também santo, foi Jerônimo Moranto, missionário jesuíta martirizado no México. Os dois sempre seguiram as preciosas orientações do porteiro Santo Afonso Rodrigues.
Morte
Após ter vivido uma vida simples, quarenta e seis anos totalmente dedicados ao serviço de Deus, da oração, da portaria do colégio e ao serviço aos irmãos por amor de Cristo, Santo Afonso Rodrigues adoeceu. Sofreu dores muito fortes pelo período de dois anos. Depois disso, faleceu. Era o dia 31 de outubro de 1617. Ele estava lá, no mesmo colégio onde dedicou sua vida a Deus.
Canonização
Sua canonização aconteceu em 1888, através do Papa Leão XIII. Ele foi canonizado junto com são Pedro Claver, seu fiel discípulo, aquele que se tornara conhecido como o Apóstolo dos Escravos. Santo Afonso Rodrigues deixou um legado valioso, além de sua vida santa. Ele deixou uma obra escrita considerada pequena, com “apenas” três volumes. Porém, sua obra tem grande valor teológico. Nela, relatou detalhadamente a riqueza de sua espiritualidade.
Oração a Santo Afonso Rodrigues
“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Afonso Rodrigues, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós.”
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Martirológio Romano
1. Em Alexandria, no Egipto, Santo Epimáquio de Pelúsio, mártir, que, segundo a tradição, no tempo da perseguição do imperador Décio, ao ver como o prefeito obrigava os cristãos a sacrificar aos ídolos, tentou destruir a ara, sendo por isso preso, torturado e finalmente degolado. († c. 250)
2. EmVermand, hoje Saint-Quentin, na Gália Bélgica, actualmente na França, São Quintino, mártir, da ordem senatorial, que padeceu por Cristo no tempo do imperador Maximiano († s. III)
3*. Em Fosses, no Brabante da Austrásia, no território da actual Bélgica, São Felano, presbítero e abade, que, nascido na Irlanda e irmão e companheiro de São Furseu, foi sempre fiel à observância monástica da sua pátria, fundou dois mosteiros – em Fosses e em Nivelles – um para monges e outro para monjas, e no caminho entre os dois foi assassinado por salteadores. († c. 655)
4. Em Milão, na Lombardia, região da Itália, Santo Antonino, bispo, que trabalhou incansavelmente para extinguir a heresia ariana entre os Lombardos. († c. 661)
5. Em Ratisbona, na Baviera, actualmente na Alemanha, São Volfgango, bispo, que, depois de ter sido mestre-escola e ter abraçado a profissão monástica, foi elevado à sede episcopal, onde instaurou a disciplina do clero e, quando visitava a região de Puppingen, morreu humildemente no Senhor. († 994)
6*. Em Cahors, na Aquitânia, região da França, o Beato Cristóvão de Romanha, presbítero da Ordem dos Menores, que, enviado por São Francisco, depois de muitos trabalhos para a salvação das almas, morreu já centenário. († 1272)
7*. Em Riéti, na Sabina, território da Itália, o Beato Tomás de Florença Belláci, religioso da Ordem dos Menores, que, enviado à Terra Santa e à Etiópia, sofreu por Cristo o cativeiro e as torturas por parte dos infiéis e, finalmente, tendo regressado à sua pátria, descansou na paz do Senhor. († 1447)
8*. Em Youghal, perto de Cork, na Irlanda, o Beato Domingos Collins, religioso da Companhia de Jesus, que, durante um longo cativeiro, com repetidos interrogatórios e atrozes torturas, confessou firmemente a sua fé católica, consumando na forca o seu martírio. († 1602)
9. Em Palma de Maiorca, na Espanha, Santo Afonso Rodríguez, que, ao perder a esposa e os filhos, foi recebido como religioso na Companhia de Jesus e exerceu o ofício de porteiro durante muitos anos no Colégio, procedendo sempre com grande humildade, obediência e contínua penitência. († 1617)
10*. Em Piotrkow Kujawski, localidade da Polónia, o Beato Leão Nowakowski, presbítero e mártir, que, durante a ocupação militar da Polónia, por defender energicamente a sua fé perante um regime hostil a Deus, foi fuzilado. († 1939)
11♦. Em Sevilha, na Espanha, Santa Maria da Imaculada Conceição (Maria Isabel Salvat y Romero), virgem, fundadora do Instituto das Irmãs da Companhia da Cruz. († 1998)
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