✓ Maria é a mãe de Jesus. Todos os evangelhos afirmam isso com clareza.
✓ Marcos lembra que o povo de Nazaré chamava Jesus de “filho de Maria” (Mc 6, 3). Mateus, ao falar da origem de Jesus, chama-a “Maria, sua mãe” (Mt 1, 18). Lucas conta, de maneira poética e repleta de símbolos, a anunciação a Maria (Lc 1, 26-38). João nem a chama pelo nome, mas diz somente “a mãe de Jesus” (Jo 2, 1 e Jo 19, 25).
✓ Lc 1, 43 é o versículo que exalta a maternidade de Maria: “Como mereço que venha me visitar a mãe do meu Senhor?”.
✓ A contemplação do mistério do nascimento do Salvador levou o povo cristão não só a dirigir-se à Virgem Maria como à Mãe de Jesus, mas também a reconhecê-la como Mãe de Deus.
✓ Essa verdade foi aprofundada e compreendida como pertencendo ao patrimônio da fé da Igreja, já desde os primeiros séculos da era cristã, até ser solenemente proclamada pelo Concílio de Éfeso no ano 431. Na primeira comunidade cristã, enquanto cresceu entre os discípulos a consciência de que Jesus é o Filho de Deus, resultou sempre mais claro que Maria é a Theotokos, a Genitora-Mãe de Deus.
✓ Fundamentação nas Escrituras: \”Eis que uma Virgem conceberá…\” (Is 7,14). \”Eis que conceberás…\” (Lc 1,31). \”O que nascerá de Ti será…\” (Lc 1,35). \”Enviou Deus a seu Filho nascido…\” (Gl 4,4). \”Cristo, que é Deus…\” (Rm 9, 5).
✓ Testemunho da Tradição: Santo Atanásio (ano 373), defensor da divindade de Jesus, afirmava: “Nosso Senhor Jesus Cristo se converteu em nosso salvador ao nascer de uma mãe. Deus se fez ser humano para que o ser humano se fizesse Deus”. Santo Éfrem (séc. IV) dizia que a encarnação de Jesus Cristo no útero de Maria era o grande sinal de solidariedade de Deus com a humanidade.
✓ Testemunho do Magistério: O Concilio de Éfeso (431), sob o Papa São Clementino I (422-432), definiu solenemente que: \”Se alguém afirmar que o Emanuel (Cristo) não é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem não é Mãe de Deus, porque deu à luz segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja excomungado.\” O Concílio de Éfeso respondia a Nestório de Antioquia que afirmava que Maria só poderia ser denominada “Mãe de Cristo” e não “Mãe do Filho de Deus”. Nestório sustentava que a maternidade de Maria dizia respeito apenas à dimensão humana de Jesus. Nestório representava uma tendência dualista que distinguia e delimitava fortemente as duas naturezas de Jesus Cristo, humana e divina, pondo em risco a unidade da pessoa do Filho de Deus.
VIRGINDADE PERPÉTUA – Maria sempre Virgem