EUCARISTIA – Renovação do sacrifício eucarístico. Cada consagração implica em uma nova e real intervenção de Cristo, posto que Ele é o sacerdote principal e invisível da Missa. É o Cristo quem se oferece a si mesmo e não, propriamente, o sacerdote que oferece a hóstia. Esta intervenção não é uma nova oferenda em relação à oferenda que Ele perpetuamente faz de si mesmo,
e que é o verdadeiro estado de seu ser glorioso. Trata-se, a rigor, de uma aplicação de sua eterna oferenda, sua inserção em um ponto dado no espaço e no tempo.
O Cristo onipresente decidiu livremente tornar o pão e o vinho o seu modo de manifestação na consagração por virtude da ação do Espírito Santo.
O sacrifício do Cristo foi único, perfeito e definitivo, aplacando a Deus eternamente e conquistando a vitória sobre o pecado, sobre a morte e a nossa redenção. A Missa aplica a eficácia, do sacrifício da Cruz, a um momento dado do tempo e ao homem que vive no tempo, renovando-o de forma incruenta.
O sacrifício da missa é o mesmo do calvário e a eucaristia do cenáculo celebrada antes da crucificação de Jesus também. O sacrifício da Cruz, por tomar a forma sacramental, acrescentou algo: se oferece através da Igreja, vale dizer, por meio dos homens.
DIZ O CATECISMO DO CONCÍLIO DE TRENTO: SESSÃO XXII
Cap. 1. – Da instituição do sacrossanto sacrifício da Missa
938. Já que no Antigo Testamento, segundo testifica o Apóstolo S. Paulo, por causa da fraqueza do sacerdócio levítico não havia perfeição, convinha, por disposição de Deus, Pai da misericórdia, se levantasse outro sacerdote segundo a ordem de Melquisedec (Gên 14, 18; Sl 109, 4; Heb 7, 11), Nosso Senhor Jesus Cristo, que pudesse consumar (Heb 10, 14) e levar à perfeição todos os que se houvessem de santificar (Heb 10, 14).