Cidade do Vaticano – Madre Teresa de Calcutá costumava dizer: “talvez não fale a língua deles, mas posso sorrir”. Assim podemos recordar a missionária católica de origem albanesa e “mãe dos pobres” que, nesta terça-feira (5), é lembrada pelo aniversário de 20 anos de sua morte.
Tanto que o Papa Francisco twittou na sua conta @Pontifex, em nove línguas, a seguinte mensagem: “Como Madre Teresa, abramos horizontes de alegria e de esperança por tanta humanidade desanimada e necessitada de compreensão e de ternura”.
Fundadora das Missionárias da Caridade, Prêmio Nobel da Paz em 1979 e canonizada há um ano, em cerimônia presidida pelo Papa Francisco na Praça São Pedro, é considerada um dos exemplos mais extraordinários das maravilhas que uma pessoa enamorada por Jesus Cristo pode fazer.
Chegou a ser definida como “a mulher mais poderosa do mundo”, em 1985, quando apresentada à Assembleia Geral das Nações Unidas pelo secretário-geral da ONU, Pérez de Cuéllar.
Madre Teresa, de estatura pequena, envolvida com seu sari branco, bordado em azul, simplesmente adorava ser considerada “um pequeno lápis nas mãos de Deus”, capaz de escrever páginas indeléveis de misericórdia na vida de tantas pessoas. Com a força da sua fé, conseguiu abrir casas para os mais necessitados, inclusive nos lugares mais inesperados, de Cuba à União Soviética.
Em ocasião de sua canonização, em 4 de setembro de 2016, o Papa Francisco afirmou: “teremos um pouco de dificuldade em chamá-la Santa Teresa. A sua santidade é tão próxima a nós, tão meiga e fecunda que, espontaneamente, continuaremos a chamá-la de Madre Teresa”.
E o Santo Padre acrescentou: “que essa incansável agente de misericórdia nos ajude a entender sempre mais que o único nosso critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e vínculo, e reservado para todos sem distinção de língua, cultura, raça e religião”.
Se Papa Francisco a canonizou, João Paulo II a beatificou, em 19 de outubro de 2003. Na homilia, Wojtyla afirmou que Madre Teresa “tinha escolhido de não ser somente a menor das menores, mas a serva dos menores.
Como mãe autêntica para os pobres, se ajoelhou por aqueles que sofriam diversas formas de pobreza”. A sua grandeza, sublinhou o Papa, “reside na sua habilidade de dar sem calcular os custos, de dar até quando faz mal. A sua vida foi um viver radical e uma proclamação audaz do Evangelho”.
Com Karol Wojtyla, Madre Teresa teve inclusive uma relação fraterna. Memorável foi a visita do papa polonês, em 1986, na casa de Calcutá onde Madre Teresa acolhia pessoas em fim de vida. João Paulo II também foi quem motivou que as Missionárias da Caridade tivessem uma estrutura no Vaticano, chamada “Dom de Maria”. (AC/AG)
Madre Teresa foi canonizada há um ano, em cerimônia presidida pelo Papa Francisco – ANSA,