Finalidade
“Esta Associação …. nasceu com a finalidade de ser instrumento de santidade na Igreja, ajudando seus membros a responderem generosamente ao chamamento à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade, favorecendo e alentando a mais íntima unidade entre a vida prática e a fé. ….
Além disso, a Associação tem como fim a participação ativa, consciente e responsável de seus membros na missão salvífica da Igreja através do apostolado, ao qual estão destinados pelo Senhor, em virtude do Batismo e da Confirmação. Devem, assim, atuar em prol da evangelização, da santificação e da animação cristã das realidades temporais.”
Espiritualidade
Os Arautos têm sua espiritualidade alicerçada em três pontos essenciais: a Eucaristia, Maria e o Papa, como está definido nos seus estatutos:
“A espiritualidade tem como linhas mestras a adoração a Jesus Eucarístico, de inestimável valor na vida da Igreja para construí-la como una, santa, católica e apostólica, corpo e esposa de Cristo (EE 25, 61); a filial piedade mariana, imitando a sempre Virgem e aprendendo a contemplar n’Ela o rosto de Jesus (NMI 59); e a devoção ao Papado, fundamento visível da unidade da fé (LG 18).”
Esses pontos estão representados em destaque no brasão que os distingue.
Carisma
Seu carisma os leva a procurar agir com perfeição em busca da pulcritude em todos os atos da vida diária, mesmo estando na intimidade e está expresso no sublime Cerimonial_.jpgmandamento de Jesus Cristo: “Sede perfeitos como vosso Pai Celeste é perfeito” (Mt 5, 48).
Para o Arauto do Evangelho, este chamamento à perfeição não deve ficar restrito aos atos interiores, mas exteriorizar-se em suas atividades, de modo que melhor reflitam a Deus. Isto quer dizer que ele deve revestir de cerimonial as suas ações cotidianas, seja na intimidade de sua vida particular, seja em público, na obra evangelizadora, no relacionamento com os irmãos, na participação da Liturgia, nas apresentações musicais e teatrais, ou em qualquer outra circunstância.
Esta procura da perfeição significa não só abraçar a verdade, praticar a virtude, mas também fazê-lo com pulcritude, com beleza, a qual pode ser importante elemento de santificação.
Com razão lembra o Santo Padre, na Carta aos Artistas, o oportuno ensinamento do Concílio Vaticano II:
O mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero. A beleza, como a verdade, é a que traz alegria ao coração dos homens, é este fruto precioso que resiste ao passar do tempo, que une as gerações e as faz comungar na admiração”.Coro_Arautos.jpg
Evangelização através da cultura e da arte
Por verem na cultura e na arte eficazes instrumentos de evangelização, os Arautos habitualmente lançam mão da música, tanto pelas vozes como pelos instrumentos.
Assim é que grande número de coros, orquestras e conjuntos musicais foram constituídos por Arautos, a fim de levar sua mensagem de fé e de esperança à sociedade contemporânea .
Esse papel tão importante da arte tem sido ressaltado pelo Papa Bento XVI – ele mesmo um grande apreciador de música – em várias ocasiões, como por exemplo nas palavras finais de agradecimento pelo concerto oferecido pelo Presidente da República Italiana por ocasião do terceiro aniversário do pontificado, a 24/04/2008:
Existe uma misteriosa e profunda relação entre música e esperança, entre canto e vida eterna: por este motivo a tradição cristã representa os espíritos bem-aventurados, enquanto cantam no coro, raptados e extasiados pela beleza de Deus. Porém a arte autêntica, como a oração, não nos torna alheios à realidade cotidiana; mas nos conduz a ela para “impregná-la” e fazer que reviva, para que dê frutos benéficos e paz”.