São Dionísio — de origem italiana —, era um jovem missionário enviado pelo Papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte em meados do ano 250, portanto no século III.
Contra o imperador
São Dionísio fundou a primeira comunidade católica em Lutécia, atual Paris, sendo eleito o seu primeiro bispo. O sucesso de sua missão, porém, começou a incomodar os magos gauleses e os romanos fiéis ao imperador Valeriano, que perseguia duramente os cristãos. Os gauleses acusaram-no de bruxaria e práticas maléficas, e os romanos prenderam-no porque São Dinis não reconhecia o imperador como um Deus. Forçado a negar a fé em Jesus Cristo, São Dinis preferiu a morte.
Epíscopo mártir em Paris
Ao lado do bispo Dinis, o diácono Rústico e o sacerdote Eleutério, seus companheiros, também testemunharam sua fé cristã sendo decapitados. Logo depois, levou os restos mortais de seus companheiros para Paris onde também sofreu o martírio, sendo decapitado no local, hoje conhecido como Montmartre, isto é, “Colina do Mártir”. Santo Dionísio, popularmente conhecido como São Dinis de Paris e comemorado neste dia, foi venerado como único padroeiro da França durante muito tempo.
São Dionísio: o Mártir Cefalóforo
INDÍCE
Páscoa
São Dionísio, ou Dinis, segue sendo aclamado pela mais antiga tradição cristã francesa, que o venera como um mártir cefalóforo, ou seja, carregador de cabeça. Esse nome se dá por causa do extraordinário acontecimento após sua decapitação. A tradição conta que ele se levantou, tomou sua cabeça nas mãos e saiu em direção a Montmartre, onde foi enterrado. Por outro lado, os corpos de seus companheiros haviam sido atirados no rio Sena, então foram resgatados e enterrados junto ao companheiro bispo. Sobre o túmulo em Montmartre, mais tarde, foi edificada uma basílica, junto à qual, no ano 630, o rei Dagoberto fundou uma abadia.
A Abadia e o império
A Abadia de Saint-Denis, em Paris, tornou-se tradicionalmente o local onde todos os reis da França, do séc. X ao XVIII, foram enterrados. Além disso, muitas rainhas escolheram ser coroadas nessa abadia. Nesse período medieval, a Igreja estava aliada com os francos, e por isso seus reis e rainhas buscavam lugares sagrados para serem enterrados ou coroados. Queriam encontrar, na intercessão do santo padroeiro da França, uma segurança para seu posto, patrocínio espiritual e honraria sagrada.
Devoção
Hoje, o “apóstolo da Gália” é invocado pelo povo cristão contra dores de cabeça e possessões demoníacas, além de ser homenageado como um dos primeiros pais da França. São Dionísio e seus companheiros demonstram a fidelidade a Cristo por meio do martírio, bem como esse espírito evangelizador que é capaz de desbravar e instalar a religião em novos lugares. Os trabalhos realizados naquele país geram frutos para as gerações futuras, deixando um testemunho para toda a França.
Minha oração
“Ao apóstolo da Gália, pedimos por aqueles que estão enfermos na mente, aqueles que tem grandes enxaquecas e diversas outras doenças. Rogamos com confiança sabendo que através do teu martírio podemos alcançar as graças de Jesus. Amém. ”
São Dionísio, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 9 de outubro
Martirológio Romano
São Dinis, bispo, e companheiros, mártires. Segundo a tradição, São Dinis, enviado pelo Pontífice Romano à Gália, foi o primeiro bispo de Paris e, juntamente com o presbítero Rústico e o diácono Eleutério, sofreu o martírio nos arredores desta cidade. († s. III)
São João Leonardo, presbítero, que, em Luca, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, deixou a profissão de farmacêutico para se tornar sacerdote e, com a finalidade de promover o ensino da doutrina cristã às crianças, restaurar a vida apostólica do clero e propagar em toda a parte a fé cristã, fundou a Ordem dos Clérigos Regrantes, mais tarde designada da Mãe de Deus, tendo sofrido por isso muitas tribulações. Também deu início ao Colégio de Propaganda Fídei em Roma, onde, esgotado pelo peso de tantos trabalhos, descansou piedosamente no Senhor. († 1609)
3. Comemoração de Santo Abraão, patriarca e pai de todos os crentes, que, chamado por Deus, saiu da sua pátria, a cidade de Ur dos Caldeus, e se pôs a caminho da terra prometida por Deus a ele e à sua descendência. Manifestou toda a sua fé em Deus, esperando contra toda a esperança, quando não recusou oferecer em sacrifício o seu único filho Isaac, que o Senhor lhe tinha dado, quando ele já era velho e estéril a sua esposa Sara.
4. Em Laodiceia, hoje Litaquia, na Síria, a paixão dos santos Diodoro, Diomedes e Dídimo. († data inc.)
5. Em Fidenza, na província de Parma, junto à Via Cláudia, na Itália, São Donino, mártir. († s. IV in.)
6. Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, a comemoração de Santa Públia, que, depois da morte do esposo, entrou num mosteiro e, à passagem do imperador Juliano o Apóstata, cantando com as suas companheiras virgens as palavras do salmo «Os ídolos dos gentios são ouro e prata» e «Sejam como eles os que os fazem», por ordem do imperador foi esbofeteada e asperamente repreendida. († c. s. IV)
7*. No território de Bigorre, nas encostas dos montes Pireneus, na hodierna França, São Sabino, eremita, que ilustrou a vida monástica na Aquitânia. († s. V)
8*. Em Città di Castello, na Úmbria, região da Itália, São Donino, eremita. († 610)
9. No território do Hainaut, na Austrásia, na actual França, São Gisleno, que viveu como monge numa cela por ele mesmo construída. († c. 681-685)
10. No mosteiro de Montecassino, no Lácio, região da Itália, São Deusdédit ou Deusdado, abade, que foi recluído no cárcere pelo tirano Sicardo, onde, consumido pela fome e pelos tormentos, entregou o seu espírito a Deus. († 834)
11*. No mosteiro de Brevnov, na Boémia, na Chéquia, o sepultamento de São Guntero, eremita, que, abandonando os bens da terra, abraçou a vida monástica e depois se retirou para a solidão dos bosques situados entre a Baviera e a Boémia, onde viveu e morreu separado dos homens e intensamente unido a Deus. († 1045)
12*. No mosteiro de Montsalvy, na França, São Bernardo de Rodez, abade dos Cónegos Regrantes deste cenóbio. († 1110)
13. Em Valência, na Espanha, São Luís Beltrão, presbítero da Ordem dos Pregadores, que na América do Sul pregou o Evangelho de Cristo a vários povos indígenas e os defendeu dos opressores. († 1581)
14. Em Birmigham, na Inglaterra, São João Henrique Newman, presbítero anglicano, que pelos seus estudos da história da fé reconheceu que as raízes do cristianismo estão na Igreja Católica, à qual, depois da sua conversão, serviu como presbítero e posteriormente como Cardeal. († 1890)
15*. Em Turon, localidade das Astúrias, região da Espanha, os santos mártires Inocêncio da Imaculada (Manuel Canoura Arnau), presbítero da Congregação da Paixão, e oito companheiros[1], da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que, durante a revolução, em ódio à fé foram assassinados sem prévio julgamento e assim alcançaram a vitória suprema. († 1934)
[1] São estes os seus nomes: Cirilo Beltrão (José Sanz Tejidor), Marciano José (Filomeno López López), Vitoriano Pio (Cláudio Barnabé Cano), Julião Alfredo (Vilfrido Fernández Zapico), Benjamim Julião (Vicente Alonso Andrés), Augusto André (Romão Martín Fernández), Bento de Jesus (Heitor Valdivieso Sáez) e Aniceto Adolfo (Manuel Seco Gutiérrez).
(† 1934)
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