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A Igreja particular e a paróquia

A diocese é chamada a viver o dinamismo da comunhão-missão. João Paulo II disse em Santo Domingo: “Em torno do Bispo e em perfeita comunhão com ele, devem florescer as paróquias e as comunidades cristãs como células vivas e pujantes de vida eclesial” (SD 25). 

O espírito de comunhão e participação deve ser o grande ideal de uma Igreja Particular. A comunhão de todas as paróquias se faz pelo planejamento diocesano de pastoral, se realiza na busca de uma caminhada conjunta, amadurece com os programas comuns e se promove pelo conhecimento das necessidades e avanços.

A Igreja Particular só se faz com a soma das comunidades existentes. E por ser “particular” congrega o “Povo de Deus de um lugar ou região, conhece de perto a vida, a cultura, os problemas de seus integrantes, e é chamada a gerar ali com todas as forças, sob a ação do Espírito Santo, a Nova Evangelização, a promoção humana, a inculturação da fé” (SD 55).

Só é possível construir uma Igreja diocesana com fisionomia própria, quando todos os cristãos e todas as paróquias se sentirem co-responsáveis pela Diocese. E isso só se alcança se houver profunda comunhão e efetiva participação.

A Paróquia

O documento de Santo Domingo (SD 58-60) traz alguns conceitos muito ricos sobre a Paróquia:

  • A Paróquia é a comunidade de comunidades, pastorais e movimentos. E dá a razão: porque “acolhe as angústias e esperanças dos homens, anima e orienta a comunhão, participação e missão”. Portanto, a paróquia, além de ser comunidade de comunidades, está muito ligada à vida dos que vivem em seu território.
  • Paróquia não é apenas território. O documento diz: não é território, nem estrutura, nem edifício, mas é “a família de Deus, como uma fraternidade animada pelo Espírito de unidade”. A paróquia deveria ser a família das famílias, a grande família. Ou ainda: uma fraternidade animada pelo Espírito de unidade, que gera unidade.
  • Paróquia: comunidade orgânica. Uma paróquia deveria ser uma realidade de entrosamento entre pároco e fiéis, entre pastorais e movimentos, entre programas e realizações. “A paróquia, comunhão orgânica e missionária, é assim uma rede de comunidades”.

Tarefas da paróquia:

1. A primeira tarefa é agregar a porção do Povo de Deus que lhe é confiada. Esta função se realiza concretamente em:

  • Celebração eucarística dominical;
  • Assembléia por ela gerada e à qual se referem os sacramentos que marcam as etapas da vida cristã.

2. A segunda tarefa é a do anúncio missionário e do anúncio continuado no interior da própria comunidade cristã (anúncio da vida e palavra de Jesus Cristo).

Essa tarefa depende muito da criatividade de cada ministro. A primeira e a segunda tarefa são necessárias para que a Igreja possa existir.

3. A terceira tarefa ou função é acolher e transformar as necessidades humanas (religiosas, sociais, antropológicas) do povo que mora no seu espaço. Função missionária e caritativa e depende das necessidades do povo.

4. Uma quarta função deriva naturalmente das outras: é o cuidado da comunhão, das relações entre as diversas pastorais, movimentos, comunidades. Cuidado da comunhão e relacionamento entre paróquias, os setores pastorais.

Para chegar a isso é indispensável:

1. Renovar a paróquia a partir das estruturas. Nem tudo o que serviu no passado pode ser útil no presente. A sociedade moderna gerou  novas necessidades. Uma paróquia renovada é aquela que sabe dar respostas adequadas às necessidades que surgem.

Processo Pastoral

Não há como fazer um bom processo pastoral sem três aspectos básicos:

  • Planejamento;
  • Coordenação;
  • Controle e Avaliação.

Os objetivos gerais da diocese devem ser os mesmos da paróquia. Foram aprovados em assembléia diocesana, representam as prioridades da diocese; Os objetivos específicos é que mudam de acordo com a realidade da paróquia; O CPP é o lugar de comunhão, discussão dos rumos, afinação da “orquestra” paroquial.

O trabalho de coordenação pastoral é feito pelos CPPs, CPS e CDP, pelas coordenações das pastorais específicas e dos movimentos (a nível paroquial, setorial e diocesano), juntamente com os padres e o bispo.  Em cada conselho ou  coordenação de alguma pastoral ou movimento, deve haver uma equipe de coordenação para encaminhar os trabalhos do Conselho, preparar as reuniões etc. Cada ação pastoral precisa ser acompanhada e avaliada.

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